Se sofre de ansiedade, é possível que o seu médico já lhe tenha sugerido tomar medicamentos como forma de o ajudar a ultrapassar o problema. No entanto, a medicação psiquiátrica gera muitas dúvidas e desconfianças, pelo que informar-se poderá ajudá-lo a encarar o tratamento de forma mais tranquila e segura e decidir de forma consciente se esta é a melhor opção para si.
Porquê medicação?
Quando nos receitam um medicamento, há a tendência natural de tentar compreender porque motivo precisamos dele.
No caso dos ansiolíticos, o primeiro tratamento é, muitas vezes a psicoterapia, baseada no diálogo, no entanto, esta pode revelar-se insuficiente para a gravidade da situação. Assim, é necessário recorrer à medicação para um efeito mais imediato, de modo a que a ansiedade demasiado intensa, não se torne um entrave ainda maior ao relacionamento com os outros e à realização das suas actividades diárias.
De que forma é que este tipo de medicação actua?
O medicamento vai reduzir a sensação de ansiedade, provocando uma sensação de calma interior e bem-estar, induz ao relaxamento muscular e vai ainda facilitar o processo de sono, indispensável ao bom funcionamento do seu organismo.
E quanto aos efeitos secundários?
De uma maneira geral, a medicação é bem tolerada pelo organismo, tendo em conta que o seu médico irá prescrever o que mais se adequa ao seu caso, no entanto, é natural que, como em qualquer outro medicamento, surjam alguns efeitos secundários, como a sonolência ou a sensação de fadiga.
Qualquer alteração que sinta deve ser imediatamente comunicada ao seu médico, de modo a que este possa rever ou adaptar a sua receita.
Não se esqueça ainda que alguns efeitos secundários, devem-se a interacções do medicamento com outros que esteja a tomar. Informe o médico sobre todos os medicamentos que está a tomar no momento e nunca misture um ansiolítico com o consumo de álcool.
E se acontecer novamente?
A prescrição médica deve ser seguida com todo o cuidado e não deve voltar a tomar um medicamento, apenas porque já o tomou anteriormente. Se o médico o aconselhou a parar e os sintomas voltaram, deve consultar-se com ele o mais depressa possível, ao invés de recorrer à auto-medicação. Só o profissional de saúde sabe se a medicação ainda está adequada, consoante o evoluir da sua condição.
Porque se ouvem tantas críticas a ansiolíticos?
Na sua grande maioria, as críticas devem-se ao facilitismo com que recorremos a este tipo de medicação hoje em dia. É uma forma rápida e eficaz de aliviar o sofrimento, sem grande esforço e muitas vezes, acabam por ser utilizados levianamente.
Os ansiolíticos são passíveis de provocar dependência, levando o paciente a perder a sua autonomia de reacção e a sua capacidade de enfrentar a vida diária. Assim, é importante que respeite minuciosamente o tempo determinado pelo seu médico, recorrendo à medicação apenas numa situação grave e não como forma de evitar todo e qualquer mal-estar provocado pela vida quotidiana.
A maior parte das pessoas com ansiedade começa a sentir-se melhor e retoma as suas actividades normais ao fim de poucas semanas de tratamento, pelo que perante os primeiros sintomas deve recorrer o mais rapidamente possível ao aconselhamento médico.
Quanto mais cedo for detectado o problema, melhor. É ainda de referir os bons resultados obtidos através do tratamento combinado (psicoterapia e medicação).
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