terça-feira, 27 de outubro de 2015

Estou com Depressão? 10 Sinais que o Ajudam a Identificar o Problema



Sentir-se mais em baixo, ser invadido por pensamentos negativos ou sentir-se deprimido é normal e esperado. Todos nós passamos por altos e baixos na nossa vida e eles têm impacto no nosso estado de espírito.

Durante algumas fases da nossa vida estes sentimentos são mais frequentes ou até mais intensos e somos levados a questionar-nos se é normal, ou se estamos a entrar num quadro depressivo em contexto patológico.

Neste artigo, encontram algumas dicas que os podem ajudar a distinguir uma tristeza normal e decorrente de um acontecimento negativo de um quadro de depressão que mereça atenção profissional.



1. Tristeza Generalizada

Se ao longo do seu dia a sensação de tristeza e apatia o domina a maior parte do tempo, deve ficar atento. Esta tristeza é geralmente acompanhada por uma falta de interesse, sensação de que não é capaz de sentir mais nada e as emoções positivas passam-lhe ao lado. 

Sentir-se triste perante uma situação desagradável é bem diferente do que um quadro constante e persistente de sentimentos negativos e desinteresse por tudo. 



2. Desamparo e sensação de inutilidade

O doente deprimido sente-se incapaz e inútil, bem como, com a sensação de que não tem ninguém a quem recorrer e que o mundo inteiro o abandonou. 

Se é invadido por este sentimento com regularidade, talvez esteja na hora de procurar ajuda profissional.



3. Agitação e irritabilidade

Um dos sintomas muitas vezes ignorado no doente deprimido é a sua constante irritabilidade. Se se sente incapaz de relaxar e descontrair e esse sentimento é, muitas vezes, acompanhado por uma sensação de raiva e irritabilidade para com tudo e todos, é possível que esteja com depressão. 



4. Cansaço

Estar cansado é normal, após uma actividade intensa, após um dia de trabalho, mas se sente que está permanentemente cansado, que não tem energia para nada, deverá consultar o seu médico. 

Este cansaço pode ter várias causas, todas preocupantes, a depressão é apenas uma delas.



5. Perda de interesse em actividades anteriormente apreciadas

Este é um dos sintomas mais reveladores de que algo está mal. O doente com depressão perde todo o interesse em actividades que anteriormente lhe davam prazer, os seus hobbies ficam de lado e entra numa fase de isolamento e apatia completa.



6. Dificuldade de concentração

Esquece-se de tudo ultimamente? Por mais que tente prestar atenção, parece que as palavras que lhe são dirigidas não fazem sentido na sua cabeça? Isto é um sintoma de depressão. 

O doente deprimido tem muita dificuldade em concentrar-se seja no que for ou fazer planos.



7. Distúrbios de sono

Falta de sono ou sono em excesso é um distúrbio clássico associado à depressão. 

Muitas vezes, o doente queixa-se de que não consegue relaxar e deixar de pensar nos seus problemas e por isso não dorme. 

Noutros casos, o sono é de má qualidade e por mais horas que durma, sente sempre mais sono e mais cansaço.



8. Alterações no apetite

Tal como em relação ao sono, há duas possibilidades, ou a falta de apetite ou a ingestão compulsiva de alimentos. 

Ambos acarretam alterações drásticas de peso, são prejudiciais à sua saúde física e afectam a auto-estima, propiciando um agravamento do quadro depressivo.



9. Pensamentos suicídas

A depressão é uma das principais causas de suicídio. Muitas vezes, estes pensamentos não se traduzem em planos concretos, mas sim na sensação de que preferia morrer, ou que não faria mal nenhum se desaparecesse, que só queria que “tudo acabasse”. 

Este tipo de pensamentos escalam rapidamente na nossa cabeça e se eles o assaltam com alguma frequência deve procurar um profissional rapidamente.



10. Dores de cabeça e problemas gastrointestinais frequentes

Estes problemas estão associados ao stress que o quadro depressivo causa no doente. Muitas vezes, são a primeira queixa que leva a pessoa ao médico e ao fim de alguns exames descobrimos que, fisicamente, a pessoa não tem nada.

Se sente estes sintomas com frequência procure o seu médico e informe-o se estão associados a algum dos outros sintomas referidos anteriormente.




Se sente algum destes sintomas com muita intensidade ou se reconheceu um padrão em mais do que um deles, deve procurar rapidamente o seu médico. 
A depressão é uma doença grave e que deve ser tratada o mais depressa possível, para uma maior eficácia do tratamento.

sábado, 24 de outubro de 2015

6 Atitudes Autodestrutivas do Doente com Depressão

Que não é fácil lidar com a depressão já todos sabemos, o tratamento é prolongado, exige muito de nós, numa doença que nos deixa vulneráveis e sem energia para nada. Combater o quadro depressivo torna-se ainda mais complicado devido a algumas atitudes típicas da pessoa com depressão, que a deixam ainda mais enterrada na doença.



Aqui fica uma pequena lista de atitudes a evitar, para ajudar no combate à doença.


1. Isolamento Social

É normalmente uma das primeiras atitudes do doente depressivo e uma das mais prejudiciais. O confronto com as outras pessoas é percepcionado como ameaçador para o doente, que se fecha em si mesmo, aumentando o ciclo de pensamentos negativos, que poderão conduzi-lo a uma tentativa de suicídio. 
Por muito que não apeteça, o convívio social é fundamental para evitar pensamentos destrutivos e estimular o doente.


2. Álcool e comidas gordurosas

O consumo de álcool é um factor mais ou menos constante em doentes com depressão, a euforia e a capacidade de fuga à realidade que este proporciona, levam o doente a recorrer ao mesmo. 
Da mesma forma, a compulsão alimentar também é frequente, como forma de compensar necessidades afectivas. 
Ambos os comportamentos são extremamente prejudiciais à saúde e depoletadores de sentimentos negativos acerca de si mesmo e baixa auto-estima, dificultando o processo de recuperação do doente.


3. Auto-medicação

Apesar das restrições de venda impostas pela lei portuguesa, não é, na verdade, assim tão difícil para o doente conseguir anti-depressivos sem receita médica. Através de vizinhos, amigos ou familiares e mesmo através de compras realizadas ilegalmente. 
É importante relembrar que a auto-medicação pode ser perigosa e ter o efeito contrário ao desejado. O acompanhamento médico é fundamental para uma recuperação saudável da doença.


4. Abandono do tratamento

Enquanto algumas pessoas tentam auto-medicar-se, também as há que abandonam a medicação prescrita sem qualquer cuidado ou orientação médica, regredindo no quadro e muitas vezes, até piorando. 
Um dos motivos para isto acontecer são as mudanças constantes de medicação, frequentes no início do tratamento ou aos efeitos secundários das mesmas. O profissional de saúde deve estar muito atento a este factor e o doente deve fazer um esforço por se manter confiante e seguir com a medicação prescrita. O apoio social e familiar desempenha aqui um papel fundamental.


5. Sedentarismo

A actividade física é sempre benéfica para combater o desânimo devido à produção de serotonina que ela proporciona. No entanto, o verdadeiro desafio é levar o doente depressivo a sair de casa e combater a sua prostração. 
O incentivo emocional é fundamental nestes casos.


6. Nós mesmos

Nós somos o nosso pior inimigo no combate à depressão, pensamentos de que “não vale a pena” ou “não consigo” invadem constantemente a mente do doente deprimido e, muitas vezes, ele não tem força para combatê-los. 
É importante que as pessoas à sua volta o incentivem, o façam rir e estejam atentos a qualquer alteração na sua condição.



Não esquecer!

O doente depressivo não é preguiçoso. Frases como “Levanta-te daí!” ou “Faz-te à vida!” não ajudam em nada, só servem para a pessoa se sentir julgada e aumentar os seus já frequentes sentimentos de culpa em relação à doença. 

Seja compreensivo, não julgue, a melhor forma de ajudar é tentar distrair a pessoa dos seus pensamentos negativos, levá-la a sair de casa e tentar animá-la.

domingo, 18 de outubro de 2015

10 ALIMENTOS PARA COMBATER A DEPRESSÃO


A depressão é uma doença cada vez mais frequente na sociedade moderna e que não escolhe idades ou escalões sociais. Uma das principais causas deste problema está relacionada os neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar no nosso organismo.

Assim, alguns alimentos poderão ajudar-nos a regular estes neurotransmissores e assim, a facilitar o controlo e prevenção da doença.





1. Nozes e amêndoas

Ricas em selénio, são um poderoso antioxidante, que auxilia na redução do stress, proporcionando assim, uma melhoria dos sintomas depressivos. Deve consumir-se até 10 unidades diárias.


2. Leite e iogurte magros

O cálcio, mineral presente em elevadas quantidades nestes alimentos tem propriedades que auxiliam a reduzir e controlar o nervosismo, irritabilidade e tensão, aliviando assim os sintomas de depressão. Isto vai ajudar-nos a estabilizar os batimentos cardíacos e regular a tensão arterial, devendo ser consumido 2 ou 3 vezes ao dia.


3. Fruta

Diferentes frutas têm diferentes efeitos no nosso corpo e estes poderão ser bastante benéficos no combate à depressão.

Melancia, pêra abacate, tangerina e limão são ricas em triptofano, um aminoácido que vai auxiliar na produção de serotonina, responsável por uma agradável sensação de bem-estar.

A laranja e a maçã, por outro lado, são ricas em ácido fólico, associado a uma diminuição da prevalência de sintomas depressivos. A vitamina C, presente em grande quantidade na laranja, promove ainda um melhor funcionamento do sistema nervoso, garante energia e ajuda a combater o stress e o cansaço.

A banana para além de auxiliar à produção de serotonina é também rica em vitamina B6, que nos ajuda a produzir energia e diminui a ansiedade.


4. Mel

Este alimento estimula também a produção de serotonina, duas colheres de sobremesa por dia e poderá usufruir de todos os seus benefícios.


5. Ovos

Fonte de vitaminas do complexo B, os ovos ajudam a manter o bom humor. No entanto, é preciso muito cuidado com o consumo em excesso dos mesmos, principalmente, para quem sofre de mau colesterol.


6. Carnes Magras e Peixes

Fonte de triptofano, são de grande auxílio na produção de serotonina, proporcionando uma sensação de calma e bem-estar. Os peixes mais recomendados são o salmão e o atum.


7. Hidratos de Carbono Complexos

Uma alimentação pobre em hidratos de carbono durante alguns dias vai trazer consequências ao nível das alterações do humor, pois eles são, em grande parte, responsáveis pela absorção do triptofano presente nos outros alimentos. Assim, aconselha-se o consumo de pão e cereais integrais em pequenas porções, cerca de 6 vezes ao dia.


8. Aveia e Centeio

Ricos em vitaminas do complexo B e vitamina E, que melhoram o funcionamento do intestino e combatem a ansiedade e depressão. Deve consumir pelo menos, 3 colheres de sopa dos mesmos por dia.


9. Folhas Verdes

As hortaliças com folhas verde-escuras são ricas em folato (vitamina do complexo B) que auxilia no equilíbrio dos neurotransmissores associados ao controlo do humor. Recomenda-se a ingestão de 3 a 5 porções por dia.


10. Soja

Rica em magnésio, ajuda a reduzir a fadiga e a aumentar os níveis de energia. Este mineral possui propriedades tranquilizantes naturais, especialmente quando combinado com cálcio.

sábado, 17 de outubro de 2015

DEPRESSÃO: O que posso fazer por mim?


O tratamento da depressão é muito complexo e pode prolongar-se ao longo de toda a vida do paciente. Este é maioritariamente medicamentoso, sendo que poderá beneficiar de uma grande ajuda da psicoterapia, que tem como principal papel auxiliar na reestruturação psicológica do indivíduo.

Apesar dos grandes receios que, na generalidade, todos sentimos em relação a medicamentos antidepressivos, estes não provocam vício e há uma grande variedade disponível no mercado, de modo que o paciente tem a possibilidade de procurar aquele que mais se adapta a ele.

Ainda assim, há algumas atitudes que o paciente pode e deve tomar, que o auxiliam a ultrapassar a doença e que servem como medida preventiva para a população em geral.




7 Atitudes de Preveção e Combate à Depressão


1. Pratique exercício físico

O exercício físico é fundamental para o equilíbrio do seu corpo e durante a execução da actividade física, há uma libertação de endorfinas e um aumento dos níveis de serotonina e dopamina, que têm um efeito antidepressivo. 
Poder praticá-lo com um amigo ou familiar poderá ajudá-lo a encontrar a motivação que muitas vezes falta para começar.


2. Mantenha a agenda em dia

Um dos principais sintomas de depressão é a falta de iniciativa e de vontade para a realização de tarefas. 
Uma forma de combater este fenómeno é manter uma agenda do seu dia para cumprir. Mas atenção, esta agenda deve ser realizada com muito cuidado, de modo a que seja realista, ou poderá exercer o efeito contrário.


3. Mantenha uma boa alimentação

Alterações de apetite são também um sintoma clássico da depressão e por isso, a manutenção de uma alimentação saudável é um passo fundamental na recuperação. Comer exageradamente, ou passar muitas horas sem comer vai provocar uma alteração na química do corpo e variações bruscas nos níveis de glicémia, insulina e serotonina.
Devemos comer a cada 3 ou 4 horas e consumir alimentos que ajudem à produção de serotonina, como por exemplo, leite, carnes magras, banana e nozes.


4. Evite o álcool

O álcool causa uma sensação de relaxamento e euforia, porém, esta passa muito depressa, levando a pessoa a consumir quantidades cada vez maiores. 
Para além dos comportamentos de risco praticados sob o efeito do mesmo, gera-se uma maior tendência para o abuso e dependência.


5. Procure a beleza nas pequenas coisas

A depressão desvia o nosso interesse das pequenas coisas, que podem ser prazerosas e ajudam-nos a sentir bem. Páre um pouco ao longo do seu dia e deixe-se seduzir pela beleza de um pôr-do-sol, pelo perfume de uma flor, entre outros. 
Se conseguir reconquistar esse apelo pelas pequenas coisas, ajudá-lo-á a aproveitar e viver ainda melhor os grandes acontecimentos.


6. Realize actividades divertidas

A partir do momento em que consiga saborear as pequenas coisas, começará a sentir voltar o gosto pelas actividades que sempre considerou divertidas. 
Procure ainda novas actividades, descubra novos prazeres e fuja da rotina.


7. Nada melhor que uma boa noite de sono

Alterações de sono são frequentes no paciente deprimido e dificultam muito a sua recuperação, devido ao facto de, o sono ter um papel fundamental na regulação e equilíbrio do nosso organismo. Uma noite bem dormida é fundamental para que se sinta melhor, no entanto, a problemática do sono pode variar.
Alguns pacientes queixam-se de insónias e nesse caso, devem procurar relaxar ao máximo, uma boa recomendação são os exercícios de respiração que ajudam a descontrair e consequentemente a adormecer.
No caso dos pacientes que dormem demasiadas horas, isto também é prejudicial ao seu organismo, pelo que deverá evitar. Como? Bem, o despertador pode ser deveras irritante, principalmente quando já não nos sentimos bem, então, se tiver oportunidade, peça a alguém próximo que o acorde, delicadamente, quando achar que já está na hora de despertar.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

DEPRESSÃO NÃO É SÓ TRISTEZA! - 12 Sintomas de Depressão

A depressão é uma doença, do foro psicológico, complexa e que envolve muitos sintomas e componentes diferentes. 

Apesar do que o nome nos leva a crer, nem sempre a tristeza é o principal sintoma da mesma, podendo inclusivamente, haver sintomas físicos consideráveis devido a esta condição. 





Aqui ficam alguns sintomas a ter em conta e que poderão indicar que sofre ou poderá vir a sofrer de depressão.


1. Irritabilidade, ansiedade e angústia

O doente deprimido nem sempre exige o esperado humor depressivo, podendo mesmo exibir um comportamento agressivo. Crises de ansiedade e angústiasão frequentes no seu dia a dia.


2. Desânimo

Há uma tendência geral para a diminuição, ou até mesmo incapacidade, de sentir alegria e prazer em actividades anteriormente encaradas como agradáveis. Verifica-se assim um desinteresse generalizado e uma interpretação da realidade negativa e completamente distorcida. Verifica-se ainda uma grande falta de motivação e apatia. 


3. Cansaço Fácil

Há uma necessidade de maior esforço para a realização de toda e qualquer tarefa, dificultando a capacidade de iniciativa do paciente, que pode apresentar um  elevado nível de prostração.


4. Medos e insegurança

O doente deprimido sente uma extrema dificuldade em tomar decisões, sendo frequentemente invadido por sentimentos de medo, insegurança, desespero e vazio. 
O pessimismo é uma constante, bem como sentimentos excessivos de culpa e inutilidade. 
A baixa auto-estima leva-o muitas vezes a sentir-se um fracasso na vida.


5. Ideação suicída

São frequentes os pensamentos de morte e desejo de morrer, alguns pacientes imaginam formas de morrer e muitos chegam a tentar o suicídio.


6. Dificuldades de concentração e raciocínio

O doente deprimido pode exibir um raciocínio mais lento e esquecer-se frequentemente de coisas importantes.


7. Diminuição do desempenho sexual

Apesar da actividade sexual poder ser mantida, é encarada de outra forma pelo paciente com depressão, que não lhe dá a usual conotação prazerosa.


8. Alterações de apetite e peso

Pode verificar-se tanto por um aumento, como pela diminuição repentina do apetite e do peso. A depressão é frequentemente associada a distúrbios alimentares, que podem apresentar-se sobre as mais variadas formas, assim, é preciso estar atento ao padrão pessoal do indivíduo e às alterações verificadas no mesmo.


9. Perturbações do sono

A queixa mais frequente a este nível é de insónia, o paciente dorme pouco e mal, desperta muitas vezes durante a noite e sente que não é capaz de dormir profundamente.
No entanto, menos frequentemente, também se encontram alguns pacientes cujo sono aumentou desmesuradamente, dormem muitas horas e têm uma sensação constante de sono.


10. Problemas digestivos

Dores gastrointestinais são muitos comuns em pessoas deprimidas, ocorrendo muitas vezes a designada Síndrome do Intestino Irritável, cujos principais sintomas são dores abdominais, flatulência e mudanças do hábito intestinal. 
É frequente que estes pacientes recorram ao especialista gastrointestinal, vindo mais tarde a verificar-se que o problema tem um fundo emocional.


11. Sistema imunitário comprometido

A pessoa deprimida sente-se mal, de uma maneira geral, física e emocionalmente. Este mau estar conduz a uma prostração que, de forma indirecta, vai ter impacto na imunidade do indivíduo. 
A tristeza e a falta de iniciativa vão desencadear uma menor preocupação com a saúde, que pode traduzir-se na adopção de comportamentos de risco. 
Todos estes factores, em conjunto, vão deixar a pessoa mais vulnerável a infecções oportunistas (como gripes, constipações, herpes, etc.).


12. Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos

O paciente pode ainda apresentar dores de cabeça frequentes, tensão na nuca e nos ombros, justificada pela constante estado de alerta e incapacidade de relaxar. 
Muitos indivíduos queixam-se ainda de dores generalizadas e persistentes no corpo, com principal incidência nas costas e no peito.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

DEPRESSÃO - O Monstro

A depressão é uma perturbação do humor, que pode ser observada na humanidade desde sempre. Na sociedade moderna, com as exigências constantes e cada vez maiores do nosso dia a dia é comum o sentimento de tristeza ou um humor mais depressivo, que eventualmente melhora com algum descanso e bons momentos. 

No entanto, quando falamos de depressão, estamos a falar de uma doença grave e para a qual o acompanhamento e tratamento exige bastante do paciente e dos que estão à sua volta.

Um paciente deprimido apresenta muitas vezes sinais de tristeza profunda, pessimismo, baixa auto-estima, sentimentos esses que podem surgir todos ao mesmo tempo, deixando a pessoa desesperada. Mas a depressão é bem mais do que isto. A falta de interesse por tudo o que era importante antes é um sintoma de grande importância, bem como alguns sintomas físicos associados, como as dores de estômago e de cabeça.





Mais do que emoção

A depressão está associada, para a grande maioria das pessoas, de forma exclusiva, a factores psicológicos e sociais, mas a verdade é que estes não são exclusivos e, muitas vezes, são mesmo uma mera consequência de uma série de alterações químicas que ocorrem no nosso cérebro.

Estas alterações estão maioritamente relacionadas com os nossos neurotrasnmissores, isto é, as substâncias que transmitem os impulsos nervosos entre as células e com os processos que ocorrem dentro destas.

No entanto, é de salientar que muitas vezes, factores com o stress em excesso podem precipitar o problema, especialmente, em pessoas com predisposição para o mesmo. A maioria dos estudos apresenta esta predisposição como sendo genética, corroborando a importância das alterações químicas já referidas.



Serotonina, noradrenalina, dopamina

Estes são os neurotransmissores, em grande parte, responsáveis pelas alterações que conduzem à depressão. Estas substâncias controlam inúmeras funções cerebrais, permitindo o equilíbrio do nosso organismo.

A serotonina, por exemplo, é responsável por dar ao nosso cérebro uma agradável sensação de bem-estar e ajuda a regular o nosso humor. Uma alimentação saudável e equilibrada pode ser uma grande ajuda na produção desta importante substância.



Prevalência



Estima-se que a prevalência da doença no mundo inteiro seja de cerca de 19% da população, o que significa que cerca de 1 em cada 5 pessoas sofre ou virá a sofrer da doença nalgum momento da sua vida. 

Portugal não é excessão e as estatísticas apontam para que cerca de 7,9% da população sofra de alguma perturbação do foro depressivo, sendo que, há uma percentagem elevada que nunca chega aos serviços de saúde, não sendo por isso contabilizada nestes dados.

Os antidepressivos são, actualmente, os medicamentos mais consumidos pela nossa população, sendo que em 2010, o seu consumo era superior ao dobro da média da União Europeia.

Geograficamente, a zona centro é a mais afectada, logo seguida pela área da Grande Lisboa e Vale do Tejo. Segundo um estudo de 2012, as mulheres são o género mais afectado pela doença, constituindo cerca de 80% dos casos conhecidos. 

Estes dados são preocupantes, principalmente tendo em conta que menos de metade dos pacientes iniciam o seu tratamento durante o mesmo ano em que surge o problema, sendo que, em média, os portugueses esperam 4 anos entre o surgimento dos primeiros sintomas e o início de qualquer tratamento.

sábado, 10 de outubro de 2015

OBESIDADE INFANTIL - Como Pai, O Que Posso Fazer?

O meu filho tem excesso de peso?

Em primeiro lugar deve determinar a condição física da sua criança. A única forma segura de o fazer é consultar um pediatra ou médico especializado e se desconfia que este é o caso, deve fazê-lo o quanto antes. É difícil e perigoso tentar aferir se a criança tem excesso de peso sem o apoio de um profissional, devido às muitas variações pelas quais a criança passa na fase do crescimento. 


O que devo fazer?

Tal como referido deve levar a criança ao médico imediatamente, para além disso, é importante que a criança se sinta amada e respeitada na sua individualidade e não comece a ser tratada como uma criança doente ou incapaz. A auto-estima e o amor próprio são fundamentais para que ela consiga ultrapassar o problema de forma mais rápida e eficaz.

Aumente a actividade física da família, ajudando a motivar a criança para a mesma, sendo esta fundamental para a diminuição do peso, bem como, converse com o seu filho e eduque-o para uma alimentação saudável. Sempre que possível, use formas divertidas e adequadas à sua idade para explicar o que se passa e os melhores alimentos para ele/a.




Algumas Dicas Úteis no Combate à Obesidade


Seja um modelo para a criança.

As crianças imitam tudo o que vêem e ver que os pais gostam e praticam uma actividade física é um dos principais motivadores para que ela desenvolva o gosto pelo exercício, o mesmo ocorre com a alimentação.


Jamais comece uma dieta sem orientação médica!

As crianças têm necessidades nutricionais muitos específicas e diferentes das dos adultos, mesmo que esteja habituado a realizar algumas dietas, as mesmas não são aplicáveis à criança, só um profissional de saúde especializado poderá dar algumas dicas nesse sentido. Entretanto, uma grande ajuda que pode dar é estimular a sua criança a comer devagar e a mastigar muito bem os alimentos.


Evite restrições radicais

A criança não vai compreender se de repente a impedir por completo de comer doces, isto pode gerar revolta e tornar-se contraproducente, pois a criança vai tentar consumir este tipo de alimentos às escondidas e os pais não conseguirão controlar a sua alimentação. Assim, o melhor é reduzir progressivamente as gorduras e os doces, impondo regras passíveis de ser cumpridas e as quais a criança possa compreender, dando-lhe alguma autonomia que facilitará a continuação da adopção de bons hábitos ao longo da vida.


Envolva as crianças nas compras e preparação dos alimentos

Esta actividade, não só serve de apoio na educação alimentar das crianças, como lhes dá uma sensação de pertença e cumplicidade. É importante que a criança sinta que também tem poder de decisão e que consegue escolher alimentos saudáveis, ainda que com a orientação dos pais.


A comida não é um castigo, nem uma recompensa

Jamais utilize a comida para recompensar ou castigar a sua criança. Isto vai criar imagens erróneas na mente da criança sobre o valor e a função dos alimentos, que se manifestará de forma negativa mais tarde, quando a criança atingir a idade adulta.


Refeições fora de casa

É normalmente durante as refeições fora de casa que fazemos as piores escolhas. Sempre que comer fora, faça um esforço para consumir refeições saudáveis e evite restaurantes de fast-food. Informe-se também sobre a alimentação fornecida no refeitório da escola do seu filho e pondere a opção de preparar o almoço em casa para a criança levar para a escola, certificando-se assim, sobre a qualidade e equilíbrio da refeição.


Respeite as limitações da criança

Principalmente numa criança mais velha, surgem alguns desconfortos com o excesso de peso e a prática de exercício. Ajude o seu filho a encontrar uma actividade com a qual ele ou ela se sinta bem, evitando actividades particularmente difíceis ou embaraçosas. 
O objectivo é não tornar o exercício físico uma obrigação ou algo indesejado e sim, estimular o gosto pelo mesmo.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

COMBATER A OBESIDADE INFANTIL

O combate à obesidade infantil começa pela necessidade de uma maior e melhor informação dos pais e encarregados de educação e por uma reeducação do estilo de vida de toda a família. É importante conhecer as metas internacionais para o combate ao problema e saber desenvolver na criança o gosto pelo exercício físico e alimentação saudável.



A Organização Mundial de Saúde recomenda, por exemplo, que a ingestão de açúcares não ultrapasse 10% do consumo diário de calorias, o que se traduz em cerca de 50 gramas de açúcar por dia, no entanto, os últimos dados da OMS revelam que as crianças portuguesas consomem mais do dobro do recomendado, em média, 125 g/dia.


Em seguida apresentamos algumas dicas para ajudar a ultrapassar o problema.


Alimentação


1. Água

A água deve ser a única bebida oferecida às crianças durante as refeições. Fora delas, podem beber sumos de fruta natural, sem açúcar e os refrigerantes estão proibidos.


2. Cortar nos alimentos industrializados

Bolachas e refeições pré-preparadas devem ser evitadas, por conterem demasiados açúcares e gorduras.


3. Frutas e Legumes

Deve ser oferecido à criança um leque variado de frutas e legumes, dando preferência aos citrinos e vegetais consumidos crus.


4. Cortar no sal e gordura

Os vegetais que necessitam de ser cozidos para o consumo, devem sê-lo ao vapor, sem sal e adicionando uma pequena quantidade de azeite.


5. Prato de tamanho infantil

Isto pode ajudar a controlar e gerir a quantidade de alimentos ingerida pela criança.


6. Hora da Refeição é para comer

A hora da refeição deve ser vista como um ritual importante e em família, não deve ser permitido que a criança veja televisão ou utilize qualquer tipo de jogos durante a refeição.



Actividade Física


1. Computador e televisão

É cada vez mais difícil afastar as nossas crianças destes aparelhos tão apelativos, mas a sua utilização implica estar sentado, quieto e portanto, sem qualquer tipo de exercício ou actividade física. Limite estas actividades a, no máximo, 2 horas por dia.


2. Procurar actividades ao gosto da criança

Todos temos as nossas preferências e, como adultos, muitos gostamos de correr, outros odeiam fazê-lo, mas gostam de jogar futebol ou qualquer outro jogo de equipa, há ainda os que preferem dar um pézinho de dança. Com as crianças ocorre a mesma coisa. Ajude o seu filho a procurar uma actividade que ele realmente gosta, proporcionando-lhe a oportunidade de experimentar várias coisas diferentes. Ao desenvolver esse gosto, diminui o risco de desistência no futuro.


3. Actividades em família

As crianças aprendem por modelagem e os pais são os seus principais modelos, logo, a mudança de estilo de vida deve inclui-los para que seja melhor recebida pela criança. Assim, toda a família deve fazer um esforço e participar de forma regular em actividades ao ar livre, que estimulem a actividade física de todos.