Situada na base do pescoço, a tiroide é uma glândula endócrina em forma de borboleta. As suas hormonas são compostas por iodo e a sua principal função é produzir e gerir as hormonas responsáveis pelo controlo do organismo (T3 - triiodotironina e T4 - tiroxina).
Elas são responsáveis pelo controlo do metabolismo, dos recursos energéticos e temperatura do corpo, bem como, do funcionamento cardiovascular, muscular e cerebral. Com funções tão importantes, o desregulamento da tiroide pode ter um impacto significativo na nossa saúde e qualidade de vida.
Mau Funcionamento da Tiroide
A origem do mau funcionamento da tiroide permanece desconhecida e afeta principalmente as mulheres.
Estima-se que seja um problema multifatorial, tendo sido associado a diferentes situações, tais como, o défice de iodo, alterações devido à gravidez, proteínas produzidas pelo nosso corpo contra a glândula, genética, nódulos, ou medicamentos.
Não é fácil determinar o porquê do problema, mas é relativamente simples reconhecê-lo, via exames médicos. Análises sanguíneas e uma ecografia são os mais comuns, mas poderá sempre haver a necessidade de realizar uma biópsia em caso de deteção de um nódulo, por exemplo.
Hipertiroidismo e Hipotiroidismo
O hipertiroidismo é conhecido pela aceleração metabólica que provoca. Há um excesso de produção das suas hormonas pela glândula que resulta numa perda inexplicável de peso, aumento da frequência cardíaca, irritabilidade e insónias. É provocado por inflamações da tiroide ou algumas doenças autoimunes, como a doença de Graves.
Mais conhecido e falado pelo público, é o hipotiroidismo - produção hormonal insuficiente. Provoca cansaço, aumento de peso, obstipação, depressão, falta de memória, entre outros sintomas.
Cuidar da tiroide
Os problemas da tiroide afetam cerca de 10% da população portuguesa. No entanto, como em grande maioria das enfermidades, podemos tomar medidas para tentar prevenir o problema. Começando pela mais simples - evite comportamentos de risco. Cuidar da sua tiroide passa por evitar fumar, consumir bebidas alcoólicas em excesso e não se expor a radiações.
Em segundo lugar, recomenda-se um consumo de iodo moderado na sua alimentação - peixes marinhos, moluscos, marisco, algas marinhas, sal iodado e leite e os seus derivados. Mas não exagere! O equilíbrio é tudo.
Por fim, aquilo que provavelmente é mais importante: o rastreio. Diagnósticos precoces facilitam qualquer tratamento, assim, se possui doenças autoimunes, como a diabetes tipo II, síndrome de Down ou fez tratamentos ao nível de cabeça e pescoço deve realizar o rastreio. Se é mulher e pretende engravidar também poderá ser uma boa ideia.