quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Depressão Crónica ou a Eterna Melancolia



Melancolia, um sentimento muito explorado pelos escritores românticos como o êxtase do amor, pode na verdade, revelar um problema de saúde psicológico que poucos levam a sério.

Segundo a OMS, estima-se que 340 milhões de pessoas em todo o mundo sofram de depressão. A apatia e a falta de energia acompanham os quadros de depressão, já nada parece dar prazer e tudo é feito com muito sacrifício tornando-a uma doença bastante incapacitante.

Há pessoas que vivem assim toda a sua vida, muitas vezes, sem que ninguém à sua volta dê por isso.




Distimia - A Depressão Invisível

Ainda há muita desinformação sobre a depressão, deixando os doentes ainda mais vulneráveis. A maioria das pessoas ainda associa uma depressão a tristeza e lágrimas e o doente depressivo recebe com frequência comentários como “tu não pareces deprimido” de alguém que, propositadamente ou não, ignora o seu profundo sofrimento. A depressão crónica, bem mais comum do que se poderia pensar, é uma grande vítima desta desinformação.

Geralmente, com sintomas menos óbvios, a distimia parece ser uma forma de depressão mais “leve”, onde o doente, com esforço, consegue cumprir com a sua rotina, muitas vezes, ignorando ele mesmo o facto de estar doente.

São situações prolongadas que podem durar anos ou décadas e por isso, os sintomas acabam, na maioria das vezes, por ser vistos pelos outros como traços de personalidade do doente. Nada mais errado. O doente com distimia está em grande sofrimento e muitas vezes, ocorrem episódios de Depressão Major associados.

O “mau humor”, a falta de auto-estima e o pessimismo em relação a tudo são uma constante e o indivíduo com Distimia é incapaz de lutar contra elas, deixando-se arrastar através dos dias com todo esse peso nas costas.

Reconhecer que esses sintomas não são “normais” é o primeiro passo para uma mudança e a ajuda profissional é fundamental para ultrapassar o problema.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

A moda do Açaí - mitos e verdades

Quem se preocupa com essa coisa da alimentação saudável sabe que a moda dita muito sobre a forma como encaramos a mesma. E essa moda está sempre a mudar.

Falemos então da moda do Açaí, uma fruta oriunda do Norte do Brasil, cheia de propriedades interessantes que entrou na nossa cozinha há relativamente pouco tempo, mas que se tornou uma verdadeira loucura entre os principais adeptos da alimentação saudável, explorando alguns dos mitos que se foram gerando à sua volta.




O açaí é um super alimento

O açaí é, de facto, um alimento cheio de propriedades importantes para o nosso organismo, mas está longe de ser milagroso.

Poderoso anti-oxidante, o açaí pode ser um grande auxílio no combate ao envelhecimento precoce e a algumas outras doença, sendo rico em vitaminas C, B1 e B2, fósforo, ferro, cálcio, ómegas 3 e 6 e muitas outras propriedades que o tornam muito atractivo na hora de escolher o que comer.


O açaí ajuda a controlar o peso 

Esta é uma questão um pouco controversa e para a qual não há uma resposta definitiva. A verdade é que o açaí contém algumas propriedades que nos podem ajudar a livrar de algumas gordurinhas, mas também é altamente calórico, o que levanta algumas questões.

Algumas das gorduras presentes do Açaí são teoricamente boas, do mesmo género das gorduras presente no azeite, por exemplo, além do alto teor de fibra e proteína que o fruto apresenta. No entanto, convém não exagerar no consumo e sempre que possível optar pela furta no seu estado natural, já que a polpa comercializada aumenta o teor calórico até 3 vezes mais.


O açaí previne o envelhecimento

É um dos principais benefícios atribuídos ao açaí e com toda a razão! Este pequeno fruto está cheio de anti-oxidantes que ajudam a eliminar os radicais livres responsáveis pelo envelhecimento precoce.


O açaí ajuda a combater o colesterol

Tal como referi anteriormente, o açaí contém o mesmo tipo de gordura presente no azeite e portanto, a mais saudável.

Um estudo realizado pela Universidade Federal do Pará não só afirma que o açaí ajuda a combater o colesterol, como protege o nosso coração. Contudo, é sempre bom não esquecer que o Estado do Pará é o maior produtor de açaí.


O açaí é mau para o fígado

Esta é outra daquelas afirmações que por ser demasiado vaga gera alguma controvérsia. O açaí, quando consumido ao natural, pode até ser ajudar o fígado a eliminar toxinas.

No entanto, é raro que o fruto seja consumido desta forma, sendo bem mais frequente o consumo de produtos processados do mesmo, como polpas e geleias. Por não ser um fruto muito doce, é frequente que haja uma adição de açúcares e outros componentes e esses, sim, podem ser prejudiciais.