Esta doença é mais comum do que pensamos e está, actualmente, em franco crescimento, afectando cerca de 7 a 20% da população mundial. Não se sabe ao certo o que pode levar uma pessoa a desenvolver a doença, porém, a combinação de factores como o estilo de vida e a má alimentação têm sido apontados como o principal motivo.
Apesar de não podermos apontar o dedo a nenhum factor específico, alguns têm sido reconhecidos como factores de risco para o problema, tais como, ter até 45 anos (a doença, na maioria dos casos, desenvolve-se antes dessa idade), ser mulher (o número de casos do sexo feminino é cerca do dobro do sexo masculino), haver histórico familiar da doença ou sofrer de problemas como depressão e ansiedade, esta última mostrando ter um enorme impacto.
Sintomas
Os sintomas não são iguais para toda a gente e a doença é caracterizada por “crises” que duram determinado espaço de tempo. Assim, é possível haver um período de tempo, completamente assintomático. Aqui ficam alguns sinais a ter em conta, principalmente pela frequência com que eles ocorrem:
- Dor abdominal ou cólicas - descrita como de intensidade variável e surgimento periódico, é especialmente sentida na parte inferior do abdómen.
- Sensação de inchaço
- Gases
- Diarreia ou obstipação - o paciente tem frequentemente um destes sintomas, sendo que poderá sofrer dos dois problemas por períodos de tempo mais ou menos longos, surgindo assim, de forma alterna.
- muco nas fezes
Em casos graves poderá ainda ocorrer sangramento rectal, dor abdominal que avança ou ocorre durante a noite, perda de peso involuntária e desidratação grave. Perante qualquer um destes sintomas, deve dirigir-se a um serviço de urgência.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito, muitas vezes, com base nos sintomas apresentados pelo doente e na forma como este reage a dietas específicas recomendadas pelo seu médico assistente. No entanto, algumas análises às fezes e uma colonóscopia poderão ser pedidas como meios auxiliares de diagnóstico.
Tratamento
Pela natureza ambígua da doença, o tratamento da SII é maioritariamente sintomático, através de terapia medicamentosa oral. No entanto, esta é inútil se não houver mudanças no estilo de vida do paciente. Uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios físico são fundamentais para o sucesso do tratamento.
É ainda importante abordar a saúde psicológica e emocional do paciente. Esta é uma síndrome com uma forte relação com problemas de ansiedade e depressão e, se for esse o caso, estes têm de ser rapidamente intervencionados para que o paciente sinta melhorias.
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