sábado, 24 de outubro de 2015

6 Atitudes Autodestrutivas do Doente com Depressão

Que não é fácil lidar com a depressão já todos sabemos, o tratamento é prolongado, exige muito de nós, numa doença que nos deixa vulneráveis e sem energia para nada. Combater o quadro depressivo torna-se ainda mais complicado devido a algumas atitudes típicas da pessoa com depressão, que a deixam ainda mais enterrada na doença.



Aqui fica uma pequena lista de atitudes a evitar, para ajudar no combate à doença.


1. Isolamento Social

É normalmente uma das primeiras atitudes do doente depressivo e uma das mais prejudiciais. O confronto com as outras pessoas é percepcionado como ameaçador para o doente, que se fecha em si mesmo, aumentando o ciclo de pensamentos negativos, que poderão conduzi-lo a uma tentativa de suicídio. 
Por muito que não apeteça, o convívio social é fundamental para evitar pensamentos destrutivos e estimular o doente.


2. Álcool e comidas gordurosas

O consumo de álcool é um factor mais ou menos constante em doentes com depressão, a euforia e a capacidade de fuga à realidade que este proporciona, levam o doente a recorrer ao mesmo. 
Da mesma forma, a compulsão alimentar também é frequente, como forma de compensar necessidades afectivas. 
Ambos os comportamentos são extremamente prejudiciais à saúde e depoletadores de sentimentos negativos acerca de si mesmo e baixa auto-estima, dificultando o processo de recuperação do doente.


3. Auto-medicação

Apesar das restrições de venda impostas pela lei portuguesa, não é, na verdade, assim tão difícil para o doente conseguir anti-depressivos sem receita médica. Através de vizinhos, amigos ou familiares e mesmo através de compras realizadas ilegalmente. 
É importante relembrar que a auto-medicação pode ser perigosa e ter o efeito contrário ao desejado. O acompanhamento médico é fundamental para uma recuperação saudável da doença.


4. Abandono do tratamento

Enquanto algumas pessoas tentam auto-medicar-se, também as há que abandonam a medicação prescrita sem qualquer cuidado ou orientação médica, regredindo no quadro e muitas vezes, até piorando. 
Um dos motivos para isto acontecer são as mudanças constantes de medicação, frequentes no início do tratamento ou aos efeitos secundários das mesmas. O profissional de saúde deve estar muito atento a este factor e o doente deve fazer um esforço por se manter confiante e seguir com a medicação prescrita. O apoio social e familiar desempenha aqui um papel fundamental.


5. Sedentarismo

A actividade física é sempre benéfica para combater o desânimo devido à produção de serotonina que ela proporciona. No entanto, o verdadeiro desafio é levar o doente depressivo a sair de casa e combater a sua prostração. 
O incentivo emocional é fundamental nestes casos.


6. Nós mesmos

Nós somos o nosso pior inimigo no combate à depressão, pensamentos de que “não vale a pena” ou “não consigo” invadem constantemente a mente do doente deprimido e, muitas vezes, ele não tem força para combatê-los. 
É importante que as pessoas à sua volta o incentivem, o façam rir e estejam atentos a qualquer alteração na sua condição.



Não esquecer!

O doente depressivo não é preguiçoso. Frases como “Levanta-te daí!” ou “Faz-te à vida!” não ajudam em nada, só servem para a pessoa se sentir julgada e aumentar os seus já frequentes sentimentos de culpa em relação à doença. 

Seja compreensivo, não julgue, a melhor forma de ajudar é tentar distrair a pessoa dos seus pensamentos negativos, levá-la a sair de casa e tentar animá-la.

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