A esclerose múltipla é uma doença crónica, inflamatória e degenerativa que afecta o Sistema Nervoso Central. De causa desconhecida, surge geralmente em jovens adultos (entre os 20 e os 40 anos) e afecta principalmente as mulheres.
Vários estudos têm sido feitos com o objectivo de determinar as causas e factores de risco da doença, até agora, sem grande sucesso. A EM não é uma doença contagiosa e todos os estudos realizados apontam para que não seja uma doença de transmissão hereditária.
Em Portugal estima-se que afecte 8000 pessoas.
O diagnóstico destrói
Saber que se tem uma doença crónica é sempre um choque. No caso da EM, normalmente, estamos a falar de um cenário de longos meses, ou até anos, de sintomas, visitas recorrentes ao médico, até que um diagnóstico acurado seja feito.
Sendo uma doença altamente incapacitante e sem cura, os doentes, ainda muito jovens, sentem que lhes atiraram à cara a destruição de todos os sonhos de uma vida.
Sintomas
Os sintomas da doença falam por si só, na hora de compreender porque é tão devastadora. Afectam diferentes partes do corpo e com diferentes intensidades.
Fadiga e perda de força muscular - A fadiga é um dos sintomas mais frequentes, ocorre em determinados períodos e pode durar meses. Também é frequente a perda de força muscular nos braços e pernas, muitas vezes, só de um lado do corpo. Esta alteração da força muscular pode ir de apenas uma redução da destreza até à paralisia.
Problemas de visão - A visão pode ser afectada em episódios de visão dupla (bastante frequente nos pacientes com EM) e, por vezes, dá-se uma inflamação do nervo óptico (neurite óptica) que se traduz em visão turva e embaciada, com dor associada ao movimento ocular.
Alterações de sensibilidade e dor - Muitos doentes com EM queixam-se de dormência nos braços e/ou pernas, bem como, formigueiro ou picadas. A dor também pode fazer parte do quotidiano destes doentes. Esta pode ser de vários tipos e intensidades, mas o mais comum é ocorrer nor nervos da face.
Equilíbrio e coordenação - A EM afecta o cerebelo, zona do cérebro responsável pelo equilíbrio, pelo que os doentes podem encontrar dificuldades em caminhar ou em utilizar correctamente objectos pequenos que exijam maior capacidade de motricidade fina.
Alterações dos esfíncteres e problemas sexuais - Estes são os sintomas menos falados da EM, talvez por serem um assunto mais delicado para a maioria das pessoas. A nível de esfíncteres poderá haver, especialmente em fases mais avançadas uma maior dificuldade de controlo dos mesmos, embora o mais comum seja dificuldade em esvaziar por completo a bexiga.
A nível sexual podemos encontrar problemas de várias ordens, de acordo com o género do paciente. Os homens poderão ter dificuldade em manter a erecção, enquanto as mulheres queixam-se mais frequentemente de perda de sensibilidade ou dor na penetração.
Alterações cognitivas - Dificuldades de concentração e raciocínio podem ser encontradas nos pacientes com EM, bem como, por vezes, algumas dificuldades com a memória recente.
Alterações do Humor - É muito frequente encontrar nestas pessoas quadros de depressão, normalmente como reacção psicológica à doença.
Para maior informação e ajuda…
O diagnóstico de esclerose múltipla, especialmente em estágios tão jovens da vida é devastador, mas não tem de ser o fim. Em Portugal, existem duas instituições que podem ajudá-lo a enfrentar as dificuldades e encontrar estratégias para manter a sua qualidade de vida:
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