Para além do combate ao sedimentarismo, a alimentação é o principal ponto de conversa quando o médico nos diz que o nosso colesterol está elevado. Os meios de comunicação social bombardeiam-nos com alimentos artificialmente modificados para nos ajudar no combate a este inimigo da sociedade moderna e há 1001 dietas para nos ajudar a baixar o colesterol.
Sem dúvida que a alimentação, especialmente a má alimentação, que a grande maioria de nós faz hoje em dia, é a principal responsável pelos elevados índices de mau colesterol na sociedade moderna ocidental, mas vamos tentar perceber melhor de que forma é que isso acontece.
Em primeiro lugar, é importante perceber que o elevado consumo de gorduras saturadas, baixo consumo de fibras e o excesso de açúcar são os principais responsáveis pelo aumento do colesterol e o pior, são os principais componentes da nossa alimentação.
A gordura saturada está presente nos alimentos de origem animal (especialmente bovinos, borrego e cabrito) e os derivados dos mesmos, como os enchidos, por exemplo. As refeições rápidas que comemos em qualquer restaurante de fastfood e a comida pré-confeccionada que facilmente se insere no microondas contém demasiado sal, demasiado açúcar, demasiado gordura e são alimentos altamente processados que constituem um perigo ainda maior, não só para o aumento de colesterol mas como de diversas outras doenças.
A diminuição do consumo deste tipo de alimentos e das gorduras anteriormente referidas é fundamental, bem como a diminuição do consumo de açúcar. O açúcar, tal como nós o conhecemos é um alimento processado, sem qualquer valor nutritivo e que contribui para o aumento de peso e, na verdade, é perfeitamente inútil, pois há inúmeros alimentos que já contêm, por si só, açúcares naturais e portanto, muito menos perigosos, como é o caso do mel, da fruta e dos lacticínios (em relação aos últimos deve optar pelos magros). Claro que isto não significa que podemos, ou devemos, consumi-los irresponsavelmente. O segredo para uma boa alimentação é sempre o equilíbrio e a variedade.
Outra fonte fundamental de auxílio ao controlo dos níveis de colesterol é a fibra. Esta está presente na fruta, nos vegetais, leguminosas, cereais integrais e é muito importante, pois controla o apetite (que ajuda no controlo do peso) e aumenta a excreção do colesterol a nível intestinal.
Comer bem não é não comer
Antes de iniciar qualquer regime alimentar, seja este porque motivo for, deve lembrar-se que uma dieta saudável é uma dieta onde ingerimos um pouco de tudo, sempre com moderação.
Para o ajudar a reduzir o colesterol, deve então aumentar significativamente o consumo de vegetais, 2 a 3 peças de fruta por dia, consumir cereais integrais e aumentar o consumo de peixe, especialmente peixes gordos.
Quanto ao consumo de carne, deve diminuir o consumo de carnes vermelhas, preferindo sempre que possível, as carnes brancas, como o frango, retirando sempre a pele e a gordura visível.
Sementes, frutos secos e leguminosas devem fazer parte da sua alimentação e o azeite e cremes vegetais devem substituir, óleos, banha e manteiga.
Por fim, deve evitar a ingestão de todo o tipo de alimentos processados, sejam estes de charcutaria, ou pastelaria e snacks doces e salgados, sempre com grandes quantidades de gordura e açúcares. As bebidas alcoólicas devem ser evitadas, ou consumidas em pequenas quantidades.
E lembre-se: moderação é a palavra-chave!
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