A obesidade é uma doença que afecta cada vez mais pessoas em todo o mundo e as crianças não excepção. O diagnóstico de obesidade infantil é realizado em crianças até aos 12 anos, cujo peso ultrapasse em 15% a média correspondente à sua idade.
O problema já foi catalogado pela Organização Mundial de Saúde como uma das mais graves questões de saúde pública do século XXI. Em 2010, 42 milhões de crianças em todo o mundo tinham peso a mais.
Situação Portuguesa
Portugal não é excepção à regra e encontra-se actualmente em 6º lugar, entre os países Europeus com a maior percentagem de crianças com excesso de peso. 37.9% das crianças portuguesas têm excesso de peso e 15.3% são obesas. O tratamento do problema representa 3,5% dos gastos do país com a saúde.
Esta situação tende a aumentar cada vez mais devido à falta da prática de exercício físico pelas nossas crianças, bem como à má alimentação, excessivamente calórica e com demasiado açúcar.
O que mudou?
A alteração dos hábitos de vida conjuga vários factores que contribuem para um aumento cada vez maior deste problema. Aqui fica uma pequena lista que o ajudará a compreender os principais motivos para o aumento de peso das nossas crianças e respectivas consequências para o seu desenvolvimento e saúde em geral. É de recordar que, muitas das vezes, é uma combinação de vários destes factores que faz desenvolver o problema.
Sono
A duração e qualidade de sono da criança é um factor extremamente importante e ao qual, os pais devem dar especial atenção. Um estudo recente, realizado pela Universidade de Harvard revela que poucas horas de sono aumentam a probabilidade de vir a sofrer de aumento de peso, mesmo tentando controlar todos os outros factores de risco.
Sedentarismo
As nossas crianças estão cada vez mais dentro de casa, as ruas são perigosas para brincar e os divertimentos electrónicos e extremamente parados aumentam, fazendo com que as crianças e adolescentes passem muito tempo sentados, em frente a um computador, consola de jogos ou televisão. Alguns estudos revelam, por exemplo, que as crianças passam em média 24h por semana a ver televisão.
Alimentação Hipercalórica
A alimentação das crianças tem vindo a mudar, os restaurantes de fast-food e os snacks para comer fora das horas das refeições são cada vez mais regulares na sua dieta diária. No entanto, não nos podemos esquecer que estamos a falar de alimentos ricos em gordura e açúcar, ingeridos por crianças que não têm actividade física suficiente para gastar toda essa energia. Para além da obesidade, estas crianças tornam-se mais propensas a desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes.
Distúrbios hormonais e doenças genéticas
São casos mais raros, mas algumas doenças do foro endoncrinológico podem conduzir à obesidade, assim, é importante que contacte um médico, que irá fazer um exame físico e análises sanguíneas à criança, para excluir esta hipótese.
História Familiar de Obesidade
O excesso de peso e a obesidade na família é um factor de risco para a criança, não só em termos de propensão genética, mas também, porque a criança tende a adoptar os mesmos hábitos que os restantes familiares.
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