segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Enxaqueca: a dor de cabeça incapacitante




A enxaqueca é um dor forte e latejante, muitas vezes só de um lado da cabeça, que se faz acompanhar por intolerância à luz e ao ruído, náuseas, vómitos, irritabilidade, tonturas e fadiga. Surge de forma, muitas vezes, imprevisível em crises que podem durar entre 4 a 72 horas.

Mais frequente em mulheres, a enxaqueca afecta pessoas de todas as idades (até crianças), embora seja entre os 25 e os 45 anos que note um pico do problema.

As causas da enxaqueca são ainda mal conhecidas, mas segundo os profissionais da rede CUF, as mesmas ocorrem por “uma combinação de processos a nível cerebral: excitação/depressão de células, dilatação das artérias e libertação de substâncias químicas”.

Apesar de, como referi, as causas ainda não serem bem conhecidas, é certo que há factores que despoletam as crises e aos quais os pacientes devem estar atentos e evitar, sempre que possível. O stress, o jejum prolongado, odores fortes, alterações hormonais relacionadas com o período menstrual, luzes e sons intensos, esforço físico exagerado, excesso de cafeína ou álcool encontram-se entre os desencadeadores mais comuns.

Em cerca de 25% dos casos de enxaqueca, surge uma variante a que os profissionais chamam enxaqueca com aura, onde podemos verificar sintomas neurológicos como alterações da visão e convulsões motoras parciais (estas últimas em raros casos).


Lidar com a doença

O que pode parecer uma vulgar dor de cabeça é, na verdade, uma doença bastante incapacitante e como tal, o doente precisa encontrar meios de lidar com a mesma, que o auxiliem a evitar ou acabar mais rapidamente com as crises.

O tratamento passa, maioritariamente por encontrar o desencadeante principal das crises, que varia de paciente para paciente e evitá-lo sempre que possível, acompanhando esta atitude de um apoio medicamentoso, geramente em SOS. Naturalmente, nem sempre é possível reconhecer esse desencadeante ou evitá-lo, como no caso das alterações hormonais, mas alguma mudanças ou ajustes ao estilo de vida, revelam-se uma boa ajuda para o doente com enxaqueca.

Adoptar um estilo de vida saudável é fundamental. Hábitos de sono regulares e uma alimentação saudável, com horários regulares, sem saltar refeições mostram-se muito importantes para evitar as crises, bem como o evitar de grandes picos de stress.

É ainda de referir que o consumo excessivo de medicamentos, especialmente de analgésicos, tem se mostrado um problema que tende a agravar a frequência e intensidade das crises. Com a dor e o mau-estar, o paciente tem a tendência natural de tomar cada vez mais medicamentos, no entanto, isto pode ter o efeito inverso ao desejado, pelo que deve conversar com o seu médico e juntos, encontrarem o mais eficaz para o seu caso, na dosagem certa.


Curiosidades

Muitos estudos têm sido feitos nesta área e diversos têm sido os motivos apontados para o surgimento do problema ou despoletadores de crises. Alguns desses estudos, apontam para a possibilidade do consumo de determinados alimentos possam despoletar uma crise. Alguns exemplos são o queijo, o chocolate e os citrinos.

Outro estudo mais recente, levado a cabo por Margarida Martins Oliveira (nutricionista) aponta para a existência de uma relação entre a obesidade e o excesso de peso com o surgimento da enxaqueca.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Solidão: uma queda no vazio


A solidão traz-nos uma profunda e dolorosa sensação de vazio e isolamento, altamente destruidora da nossa saúde física e psicológica. Apesar de normalmente pensarmos numa pessoa solitária, como alguém que não tem ninguém à sua volta, a solidão nem sempre é “física”. Quem nunca se sentiu só, numa sala cheia de gente?

A solidão é, na verdade, um sentimento que vem de dentro de nós, que se traduz muitas vezes, numa sensação de incapacidade de se relacionar com os outros, no medo de ser julgado ou não ser “bom o suficiente” perante determinada circunstância.




A solidão dói

A pessoa que se sente só, tem dentro de si uma dor agonizante e difícil de aliviar. Sente-se desconectada de tudo, não faz parte e, consequentemente, não tem com quem partilhar as suas ideias e desejos, alegrias e tristezas. Não sente compreensão ou aceitação e, por isso, tende a isolar-se, agravando o seu sentimento de solidão.

Entramos assim num ciclo vicioso, onde surgem sintomas de ansiedade, tensão, inquietação, depressão e outros, do qual é difícil sair e onde nós somos os nossos piores inimigos.


Terceira Idade - A idade da solidão

Estima-se que mais de metade da população idosa nacional sofra de solidão. Quando quase todos já partiram e as gerações mais novas estão demasiado ocupadas para olhar para nós, o que nos resta?

Vivemos cada vez mais tempo, cada vez mais doentes e com menos actividade. A depressão instala-se e o mundo parece indiferente ao sofrimento de quem já tanto contribuiu para ele. O idoso sente-se desamparado, indesejado e sem perspectivas. O medo e a angústia perante um futuro onde sabem que serão cada vez mais debilitados e dependentes.

A solidão na terceira idade é muitas vezes, uma dor sem alívio, onde as pessoas não vêem nenhuma luz ao fundo do túnel e cabe-nos a nós, que podemos deslocar-nos, fazer uma visita, dar um abraço. Uma hora do nosso tempo, pode ser a diferença entre o abandono e um sorriso, para quem vive os dias à espera que terminem.


Combater a solidão

Os sentimentos negativos quebram-nos e tiram a nossa energia, fazendo com que sejamos invadidos por pensamentos negativos e medos paralisantes. Para quebrar esse ciclo, é preciso determinação e força para dar o primeiro passo.

Se se sente regularmente só, comece a ponderar mudar alguns hábitos. Saia mais de casa, participe em eventos, inscreva-se em aulas de grupo, adopte um animal de estimação (certificando-se que tem condições para cuidar dele). Procure ser positivo e encarar os momentos maus como algo passageiro.

Se nada disto o ajudar, ou se não se sente com força para tentar dar nenhum destes passos, considere procurar ajuda profissional.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Dores Musculares: 7 maneiras de aliviá-las sem medicamentos


As dores musculares são comuns para a maioria de nós e podem ter um grande impacto nas tarefas do nosso dia a dia. A tensão, o uso excessivo de um músculo ou grupo de músculos, uma lesão muscular ou ainda má postura são as principais causas das dores musculares, que podem envolver ainda ligamentos e tendões.


A medicina tradicional oferece-nos uma grande variedade de medicamentos que prometem aliviar o desconforto que elas causam, mas na maioria das vezes, consegue usufruir de um alívio significativo das suas dores, sem recorrer a fármacos.


Exercício físico de baixa intensidade

As dores musculares advêm, normalmente, de uma situação de tensão e rigidez muscular. Exercícios leves, como caminhar ou nadar podem ajudar a combater a rigidez muscular e ajudam na recuperação.


Gelo

O frio é um bom anti-inflamatório e a aplicação directa de gelo no foco da dor pode ajudar a aliviá-la, no entanto, deve ter o cuidado de não o fazer por mais de 20 minutos.


Banho quente

Pode parecer contraditório, porém, após a aplicação de gelo, um banho quente reactiva o fluxo sanguíneo e evita a rigidez muscular.


Toalha Quente

Quando a dor é muito intensa e num músculo (ou grupo de músculos) muito específico, aplicar uma toalha aquecida sobre o local pode ter um efeito analgésico.


Massagens

A massagem tem um efeito recuperador e de oxigenação muscular importante para a recuperação de uma lesão. Na impossibiidade de ter uma outra pessoa a fazê-la, poderá optar por fazer uma massagem a si mesmo com o auxílio de um rolo de espuma ou bola de ténis, que lhe permita exercer a pressão necessária para o relaxamento dos músculos.


Alongamentos

Alongar os músculos de forma suave vai aumentar a circulação na área afectada, melhorando a recuperação.


Repouso

Procure dormir o suficiente e evite esforços maiores, dê tempo ao músculo para que este se reabilite.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Stress pós-ferias: 5 dicas para um regresso ao trabalho com saúde


Já passámos do meio de Agosto e, como tal, é inevitável não pensar no regresso ao trabalho, às aulas, à rotina… Muitos estão agora a regressar de férias, outros voltaram ao trabalho recentemente, todos têm em comum... a vontade de continuar no descanso.

Voltar à rotina é complicado. O corpo pede repouso e os problemas que deixamos para trás antes de ir de férias, continuarão lá à nossa espera. Se não formos cuidadosos, é uma onda de stress repentino que destrói toda a calma que a tão merecida pausa anual nos deu. Assim, aqui ficam 5 dicas simples para voltar ao trabalho de forma mais calma e positiva.




Organização

Regresse a casa 2 ou 3 dias antes do final das férias. Reestruture a sua vida para o regresso, organize a sua casa, a roupa, as refeições, faça listas de compras e prepare tudo o que tem de ser feito enquanto ainda tem tempo disponível. Recomece lentamente a impôr-se horários e acerte os sonos. 

É normal nas férias irmos para a cama tarde e acordarmos mais tarde de manhã. Inverta isso aos poucos, ou custar-lhe-á terrivelmente a levantar e chegará exausto logo no primeiro dia de trabalho.


Faça listas

Para além de reorganizar a sua casa, comece a pensar na reorganização do seu trabalho. Lembre-se do que ficou por fazer antes de vir de férias e dos projectos a que se quer dedicar. Faça listas de todas as tarefas e estabeleça prioridades para que não se sinta “afogado em trabalho” logo nas primeiras horas.


Comece com calma

As férias recarregam as baterias e é possível que se sinta cheio de energia e com vontade de fazer tudo de uma vez. Isto não vai ajudá-lo em nada, a transição deve ser feita de forma gradual, caso contrário vai ficar exausto e frustrado muito rapidamente.

Resista à tentação de fazer horas extra para compensar o que não fez nas férias. Saia a horas e aproveite os últimos raios de sol. Ajuda-o a manter o bom humor das férias por mais tempo.


Faça uma checklist e tome nota do que já foi cumprido

Pode não parecer muito importante, mas o acto de riscar da sua lista uma tarefa já feita é bastante motivador e dá bem-estar psicológico, decorrente da sensação de dever cumprido.


Celebre o fim das férias

Faça um jantar com amigos e/ou familiares para comemorar o final das férias. Ajuda na transição e manutenção do bom humor e sempre passa um último momento especial com os que mais gosta antes de regressar ao trabalho.



Aproveitar as férias ao máximo é o nosso lema, por isso, aproveite, faça uma transição tranquila e lembre-se que o tempo passa mais depressa quando estamos de bom humor… até às próximas férias.

sábado, 28 de julho de 2018

Doença de Crohn: quando o nosso corpo não colabora

A Doença de Crohn é uma doença crónica inflamatória do intestino. De causa desconhecida, alguns estudos apontam para que seja uma reacção imunológica à presença de algum factor como uma bactéria ou virus. É uma doença imprevisível, que evolui por surtos e o stress tem um papel preponderante no agravamento de sintomas.


Crohn em números

A doença de Crohn pode afectar qualquer idade, mas o início dos sintomas ocorre geralmente em pacientes jovens (antes dos 30 anos). Apesar de ser considerado que afecta em igual proporção homens e mulheres, alguns estudos indicam uma incidência ligeiramente maior no sexo feminino.

A hereditariedade parece desenvolver um papel importante, as estatísticas apontam para que, em grande parte dos pacientes, haja um familiar próximo com uma doença inflamatória do intestino.

Em Portugal, a incidência da doença parece ter vindo a aumentar nos últimos anos e estima-se que, actualmente, 73 em cada 100 000 habitantes seja portador da doença.


Factores de Risco

Como referido anteriormente, a história familiar é um factor de risco importante na doença de crohn, da mesma forma que a idade e os pacientes entre os 16 e 40 anos devem estar especialmente atentos aos sintomas.

O tabagismo também tem sido referido como um factor de risco para o Crohn, demonstrando que as pessoas com hábitos tabágicos têm maior propensão para o desenvolvimento da doença.

Por fim, o local onde habitamos tem se revelado um facto de risco para as mais variadíssimas doenças e o Crohn não é excepção, verificando-se um maior número de casos em populações residentes nas zonas urbanas de países industrializados.


Sintomas e Sinais de Alarme

Os sintomas associados à doença de Crohn podem ser variadíssimos, consoante a pessoa e as circunstâncias da sua vida, no entanto, há um grupo de sintomas, mais comuns e que devem ser tidos em conta como sinais de alarme.

Os sintomas mais comuns são a diarreia, que pode ocorrer de forma sistemática ou intervalada com momentos de grande obstipação, dor abdominal/cólicas e a perda de peso associada à falta de apetite. 

Outros sintomas que são também frequentementes encontrados nestes pacientes são as dores articulares, lesões na pele sem explicação aparente, lesões na zona perianal, fadiga e enfraquecimento, associadas à dificuldade de absorção dos nutrientes, normalmente realizada pelo intestino.


Complicações associadas

A doença de Crohn é uma condição crónica e sem cura, que deve ser vigiada por um especialista, pois as complicações da falta de cuidado podem ser muito graves ou até fatais.

Pode ocorrer uma oclusão intestinal, tratada através de procedimento cirúrgico. Úlceras e fístulas são comuns em qualquer zona do tubo digestivo (incluindo o aparecimento de aftas na boca).

A osteoropose e anemia podem também acompanhar a doença, que aumenta o risco de cancro do cólon.

O aumento de quadros inflamatórios é notório, especialmente na pele, olhos, articulações, fígado ou vias biliares.

Em última instância, pode ocorrer uma situação de perfuração ou rutura do intestino.



A doença de Crohn não tem cura, no entanto, não deve ser motivo para desesperar. Os tratamentos médicos que existem actualmente providenciam aos doentes um bom controlo dos sintomas e a possibilidade de levar uma vida normal.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

O diagnóstico arrasador da Esclerose Múltipla

A esclerose múltipla é uma doença crónica, inflamatória e degenerativa que afecta o Sistema Nervoso Central. De causa desconhecida, surge geralmente em jovens adultos (entre os 20 e os 40 anos) e afecta principalmente as mulheres.

Vários estudos têm sido feitos com o objectivo de determinar as causas e factores de risco da doença, até agora, sem grande sucesso. A EM não é uma doença contagiosa e todos os estudos realizados apontam para que não seja uma doença de transmissão hereditária.

Em Portugal estima-se que afecte 8000 pessoas.




O diagnóstico destrói

Saber que se tem uma doença crónica é sempre um choque. No caso da EM, normalmente, estamos a falar de um cenário de longos meses, ou até anos, de sintomas, visitas recorrentes ao médico, até que um diagnóstico acurado seja feito.

Sendo uma doença altamente incapacitante e sem cura, os doentes, ainda muito jovens, sentem que lhes atiraram à cara a destruição de todos os sonhos de uma vida.



Sintomas

Os sintomas da doença falam por si só, na hora de compreender porque é tão devastadora. Afectam diferentes partes do corpo e com diferentes intensidades.


Fadiga e perda de força muscular - A fadiga é um dos sintomas mais frequentes, ocorre em determinados períodos e pode durar meses. Também é frequente a perda de força muscular nos braços e pernas, muitas vezes, só de um lado do corpo. Esta alteração da força muscular pode ir de apenas uma redução da destreza até à paralisia.


Problemas de visão - A visão pode ser afectada em episódios de visão dupla (bastante frequente nos pacientes com EM) e, por vezes, dá-se uma inflamação do nervo óptico (neurite óptica) que se traduz em visão turva e embaciada, com dor associada ao movimento ocular.


Alterações de sensibilidade e dor - Muitos doentes com EM queixam-se de dormência nos braços e/ou pernas, bem como, formigueiro ou picadas. A dor também pode fazer parte do quotidiano destes doentes. Esta pode ser de vários tipos e intensidades, mas o mais comum é ocorrer nor nervos da face.


Equilíbrio e coordenação - A EM afecta o cerebelo, zona do cérebro responsável pelo equilíbrio, pelo que os doentes podem encontrar dificuldades em caminhar ou em utilizar correctamente objectos pequenos que exijam maior capacidade de motricidade fina.


Alterações dos esfíncteres e problemas sexuais - Estes são os sintomas menos falados da EM, talvez por serem um assunto mais delicado para a maioria das pessoas. A nível de esfíncteres poderá haver, especialmente em fases mais avançadas uma maior dificuldade de controlo dos mesmos, embora o mais comum seja dificuldade em esvaziar por completo a bexiga.

A nível sexual podemos encontrar problemas de várias ordens, de acordo com o género do paciente. Os homens poderão ter dificuldade em manter a erecção, enquanto as mulheres queixam-se mais frequentemente de perda de sensibilidade ou dor na penetração.


Alterações cognitivas - Dificuldades de concentração e raciocínio podem ser encontradas nos pacientes com EM, bem como, por vezes, algumas dificuldades com a memória recente.


Alterações do Humor - É muito frequente encontrar nestas pessoas quadros de depressão, normalmente como reacção psicológica à doença.



Para maior informação e ajuda…

O diagnóstico de esclerose múltipla, especialmente em estágios tão jovens da vida é devastador, mas não tem de ser o fim. Em Portugal, existem duas instituições que podem ajudá-lo a enfrentar as dificuldades e encontrar estratégias para manter a sua qualidade de vida:



sábado, 14 de julho de 2018

Artrite Reumatóide - mobilidade dolorosa

A artrite reumatóide é uma doença reumática inflamatória, auto-imune e de causa desconhecida, sendo a forma mais comum de artrite. Actua maioritariamente sobre as articulações (especialmente os punhos e os dedos) e pode, por isso, ser extremamente incapacitante.



Os principais sintomas desta doença dão a dor, muito frequente no período nocturno, interrompendo o sono, edema ou inchaço, rigidez, especialmente pela manhã e perda da função das articulações. Apesar disso, muitos doentes revelam formas mais atípicas das doenças, havendo alguma variação nos sintomas demonstrados (por exemplo, febre baixa, cansaço, muitas vezes com uma anemia associada), bem como na sua intensidade.


Estatísticas

A Artrite Reumatóide está longe de ser uma doença rara e pode ocorrer em qualquer idade, embora seja mais frequentemente encontrada após os 45 anos. 

As estatísticas mais recentes apontam para que a prevalência da doença em Portugal seja de cerca de 1% da população e é indiscutivelmente mais frequente no sexo feminino (cerca de 75% dos doentes são mulheres).


Complicações

A artrite reumatóide é uma doença complexa e com elevado nível de morbilidade, visto que pode limitar os mais básicos gestos diários, como abrir uma porta ou calçar um par de sapatos.

No entanto, há outras complicações que podem advir desta inflamação e que devemos ter em conta. São elas a pleurite e a pericardite, quando a inflamação atinge o revestimento dos pulmões e do coração, respectivamente.

É importante lembrar que, quanto mais precoce for o tratamento, mais se retardará a destruição articular.


Convivendo com a Artrite Reumatóide…

Sendo uma doença altamente incapacitante, é importante que cuide de si todos os dias e apesar de não ser fácil, mantenha um pensamento positivo, que o ajude a lidar com os momentos difíceis, para evitar o risto de desenvolver estados depressivos e de ansiedade. Aqui ficam algumas dicas que o podem ajudar.

Oiça apenas o seu médico - Diz o povo que de médico e de louco, todos temos um pouco, mas evite seguir conselhos que não sejam do seu médico reumatologista. Apesar das boas intenções, muitas vezes, os palpites alheios provocam ansiedades e expectativas desnecessárias e não melhoram em nada a condição física do doente.

Não ignore os sinais do seu corpo - É muito difícil ver aquela pilha de roupa a acumular-se e não ir passá-la a ferro? Vai ter de aprender. Preste atenção aos sinais do seu corpo, se não dá para fazer agora, faz depois.

Carpe Diem - Planos não cumpridos geram stress e ansiedade. Evite fazer grandes planos, viva um dia de cada vez.

Visite a ANDAR - Conviver com pessoas que enfrentam os mesmos problemas que nós, não só é bom psicologicamente, como muitas vezes nos ajuda a encontrar novos processos e mecanismos nos quais nunca tinhamos pensado. A Associação Nacional de Doentes com Artrite Reumatóide pode ser uma boa ajuda para si.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

6 Benefícios do Sol para a Saúde


Com o aumento dos casos de cancro de pele e outros problemas derivados de uma incorrecta exposição solar, o Sol é muitas vezes visto como um vilão, mas a verdade é que a exposição solar, quando feita com as devidas precauções, é muito importante e benéfica para a nossa saúde.


1. Vitamina D

Este é, talvez, o benefício mais amplamente discutido e estudado pelos cientistas. O sol é uma fonte inesgotável de vitamina D, que por sua vez é fundamental para a saúde do nosso corpo.

A vitamina D é responsável pela sintetização e absorção do cálcio, pelo que se torna indispensável no nosso organismo e ajuda-nos a prevenir a tão assustadora osteoporose. Para além disso, ajuda a prevenir outra doenças, como a diabetes ou doenças cardíacas.

Devido à redução do efeito de transformação das células é ainda uma boa ajuda na prevenção de certos tipos de cancro (especialmente do cólon, útero, mama e próstata).

A Vitamina D ajuda-nos ainda na regulação do nosso sistema imunitário podendo ser uma arma na prevenção de doenças auto-imunes, como a artrite reumatóide, doença de Crohn ou ainda, esclerose múltipla.


2.Combate a depressão e ansiedade

A exposição solar é uma boa ajuda para a sua saúde mental pois aumenta os níveis de serotonina no cérebro, o neutransmissor responsável pela regulação do humor.


3. Maior qualidade de sono

O sol tem um efeito benéfico e muito importante na regularização do ciclo do sono, diminuindo assim, os episódios de insónia.


4. Activa a circulação sanguínea

Os efeitos a nível da circulação são fundamentais, pois a exposição solar aumenta a concentração de glóbulos vermelhos, responsáveis pelo transporte do oxigénio no sangue. Para além disso, ajuda a reduzir a tensão arterial.


5. Estimula o sistema endócrino

Muitas vezes, o nosso organismo falha na absorção dos nutrientes contidos na nossa alimentação. A estimulação do sistema endócrino vai ajudar a facilitar essa tarefa.


6. Menos acne

Conhecido por ser um problema de adolescentes, a acne pode afectar qualquer pessoa, em qualquer idade. O sol tem um efeito poderoso em várias doenças de pele, como a acne, psoríase, eczema e infecções por fungos.




Não se esqueça!

Os benefícios do sol só podem ser realmente aproveitados quando a exposição é feita de forma correcta e saudável. Assim, evite a exposição solar entre as 11 e as 16 horas e use sempre protector solar, mesmo em dias nublados.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

A influência do clima na saúde mental: como enfrentar os dias cinzentos



Apesar do Verão ter oficialmente chegado, os dias continuam cinzentos e, às vezes, chuvosos e isso parece afectar o nosso humor e o das pessoas à nossa volta. Todos nós já nos sentimos mais desanimados ou com pouca energia num dia de chuva e frio. Muitas vezes, nem apetece levantar da cama, mas sim ficar deitado a ouvir o som da água a bater nos vidros.


Isto pode parecer algo muito pessoal mas na verdade é uma reacção comum e já foram feitos vários estudos científicos que visam compreender a relação entre o clima e o nosso humor.


A alegria da Primavera

A Primavera é, sem dúvida, a estação do ano em que a generalidade das pessoas parecem alegres. Os dias estão, geralmente, amenos, temos maior vontade de ir para a rua, conviver e sentimo-nos melhor, revigorados e com mais energia.

Um estudo publicado no MIT Technology Review, realizado entre os anos de 2009 e 2016 demonstrou que os dias de sol melhoram o humor, na sua generalidade. Enquanto que, os dias frios apelam mais ao recolhimento e isolamento, o que pode trazer alguns sentimentos depressivos. Vários estudos focam-se nos elevados índices de depressão nos países nórdicos, tendo como principal hipótese para o fenómeno as poucas horas de sol e o clima frio.

Por outro lado, o excesso de calor, apesar de não nos fazer sofrer tanto com as tendências mais depressivas, também não parece ser o mais adequado para o equilíbrio emocional do ser humano, pois estimula a agressividade. 


De que forma é que o clima influencia o nosso humor?

As explicações podem ser dadas tanto ao nível físico como psicológico. Do ponto de vista físico e biológico, a exposição à luz solar traz inúmeros benefícios. Estimula a produção de Vitamina D, essencial à nossa saúde, bem como a produção de serotonina, dopamina e melanina, que proporcionam bom humor, energia e regulação dos ciclos do sono.

Por outro lado, do ponto de vista psicológico e sendo o ser humano um ser social, a maior tendência para sairmos à rua e socializarmos nos dias de sol, vai proporcionar mais bom humor e bons momentos passados com os amigos, ao invés de nos fechar-nos em casa com os nossos problemas.


Como combater a tristeza dos dias cinzentos 

Apesar de tudo, não devemos subjugar-nos ao cinzento dos dias, sem combater o sentimento de tristeza e desolamento que estes nos provocam.

Alguns truques podem ser essenciais para o ajudar a ultrapassar os Invernos mais rígidos e as Primaveras ou Verões mais chuvosos.

Alimentação - A alimentção tem um papel fundamental no nosso bom humor, embora nem sempre lhe demos o devido valor. Para que a chuva não o entristeça procure consumir mais produtos de origem vegetal e integrais.

Exercício Físico - O exercício físico aumenta a produção de endorfinas que o ajudam a sentir-se bem. Procure fazer algum exercício, quem sabe algum desporto ou actividade típica de Inverno. 


Ciclo de Sono - Dormir bem é fundamental para nos sentirmos bem. Procure deitar-se cedo, de modo a dormir 7 a 8 horas por noite. Se tem dificuldade em adormecer, largue o telemóvel e pegue num livro. Dormirá melhor.

Vestuário - A forma como nos vestimos influencia e muito o nosso humor. No Inverno há uma maior tendência para roupas mais simples, de cores escuras ou neutras. Experimente vestir umas roupa coloridas e colocar alguns acessórios.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Prevenir a Meningite


Como vimos no post anterior, a Meningite é uma inflamação nas meninges que ocorre devido a diversos factores e pode ter consequências muito graves, até mesmo, ser fatal.

É importante ter em conta que são vários os chamados factores de risco para a contracção da doença e devemos ter especial cuidado com os que se encaixam neles.




A idade é um factor de risco a ter em conta, dependendo do tipo de meningite, daí a importância de dar informação à população, para que se protejam e reconheçam os primeiros sintomas.

Cada vez mais, a maioria da população vive em grandes centros urbanos, frequenta espaços fechados e com demasiada gente, sendo esses os principais factores de risco para o contrair da meningite. Junte-se a isso um sistema imunitário comprometido e temos a situação perfeita para a proliferação da doença.

Como pode ver, nem sempre é possível evitar os factores de risco, por isso, devemos ter uma atitude de prevenção activa, muito importante, dada a gravidade que a doença pode impor.


Prevenção

Prevenir a meningite passa muitas vezes por tornar numa rotina, os hábitos básicos de higiéne que todos conhecemos. 

Assim, sempre que tosse ou espirra deve cobrir a boca e nariz com as mãos, que devem ser lavadas frequentemente. Não partilhe objectos de uso pessoal, como copos, escovas de dentes, cigarros, etc…

O seu sistema imunitário é o seu melhor amigo, cuide bem dele e tenha consulta regulares com o seu médico.

E por fim, o mais importante: vacinação sempre!

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Meningite: Principais tipos e sintomas

A meningite é um daqueles nomes assustadores que fazem, especialmente os pais de crianças pequenas, arrepiarem-se. É uma doença, infelizmente, ainda comum, que pode trazer complicações graves, crónicas e até mesmo, ser fatal.


A meningite é uma inflamação das meninges, que envolvem e protegem o cérebro e a espinal medula. Vários são os motivos para que ocorra e dependendo do que originou o problema, então definimos o tipo de meningite.


Principais tipos de meningite


Viral

Esta é, sem dúvida, a mais comum forma de meningite, especialmente em crianças com idade inferior a 6 anos. Felizmente, é também a menos perigosa forma da doença, muitas vezes, nem se recorre a tratamento medicamentoso, apenas a nível sintomático e o nosso organismo trata do resto. Surge, mais frequentemente no final do Verão ou início do Outono.


Bacteriana

Esta é a forma mais perigosa da doença e é mais comum em jovens adultos, na casa dos 20 anos. É provocada por uma bactéria (há varias bactérias diferentes, capazes de desencadear a doença) que após entrar no nosso organismo, viaja pela corrente sanguínea até ao cérebro.

A forma mais frequente disto ocorrer é após uma infecção no ouvido ou uma fratura. Embora mais rara, pode também ocorrer após uma cirurgia. 

Como disse, há diferentes tipos de bactérias que podem desencadear uma meningite e apesar de ser mais frequente na população jovem, a bactéria Listeria monocytogenes, especificamente, faz muitas vítimas entre a população mais idosa, sendo também muito frequente em grávidas.


Fúngica

Este é o tipo mais raro, no entanto, não menos importante. Pode conduzir a quadros crónicos da doença e pode apresentar quadros muito semelhantes à bacteriana. No entanto, não é transmissível de pessoa para pessoa.



Principais Sintomas

Numa fase inicial da doença, os sintomas poderão ser muito semelhantes aos de uma gripe comum, porém, e devido à potencial gravidade do problema, é importante estar atento aos mais pequenos pormenores.




Nos casos mais graves, os sintomas podem evoluir em menos de 24 horas, por isso, quanto mais cedo detectarmos a doença, melhor.

Assim, aqui fica uma pequena lista de sintomas, aos quais devemos estar atentos:

- febre alta e repentina
- forte dor de cabeça
- pescoço rígido
- náuseas e vómitos
- confusão mental e dificuldade de concentração
- convulsões
- sonolência
- fotossensibilidade
- falta de apetite
- manchas vermelhas na pele

Na dúvida, é importante consultar um médico o mais depressa possível. Mesmo os casos mais graves e potencialmente fatais da doença, podem ter tratamento se for detectada a tempo.

sábado, 28 de abril de 2018

3 erros que cometemos na hora de perder peso


Perder peso tem vindo a ser um grande desafio para a maioria das pessoas nos últimos 50 anos. A nossa alimentação é péssima, o nosso estilo de vida é sedentário, nada nos ajuda e a pressão para o corpo perfeito é grande. Nos últimos anos, percebeu-se também que o excesso de peso é um inimigo aguerrido da nossa saúde e portanto, a luta contra ele, tornou-se ainda maior.


Muitas vezes, o desespero leva-nos a fazer coisas que não devíamos, que nos prejudicam ainda mais, não só por serem prejudiciais para a saúde, mas também, porque mesmo que consigamos perder peso, ele vai voltar rapidamente a aumentar e, às vezes, ganhamos mais do que tínhamos perdido.

Nem sempre estes erros são conscientes e por isso, deixo aqui um alerta com os 3 principais erros cometidos por quem quer perder peso.


1. Dietas Relâmpago

As dietas super rápidas e eficazes que podemos encontrar aos pontapés com uma pequena pesquisa no Google são das piores coisas que podemos fazer. Claro que, às vezes, queremos perder peso rapidamente, para caber naquela roupa para um evento especial, ou porque o Verão está à porta e só agora nos pesamos, mas é um grande erro.

Estas dietas muitas vezes provocam uma perda de massa muscular, tornando-se essa a principal razão para a diminuição do peso, no entanto, a mesma é fundamental para um organismo saudável. Para além disso, estas dietas implicam, na grande maioria das vezes, a não ingestão dos nutrientes necessários, prejudicando a nossa saúde.

Quando a dieta acaba, a probabilidade de ganhar o peso que perdeu (ou até mais) é enorme, sendo portanto, uma perda de tempo e prejudicial para a sua saúde. Opte por uma alimentção equilibrada, saudável e pratique exercício físico com regularidade.


2. Alimentos “Light”

Os alimentos light têm menos calorias e são muitas vezes utilizados como chamarizes para uma boa alimentação, mas não se fie nisto.

São alimentos mais processados, que contêm mais componentes artificiais e, portanto, mais prejudiciais para a saúde. 


3. Não comer

Não comer pode parecer uma forma eficaz de perder peso a curto prazo, mas a longo prazo, é extremamente prejudicial. Para além da óbvia falta de nutrientes essenciais e o mau estar físico e até psicológico que pode provocar, vai desacelerar o metabolismo, principal responsável pelo controlo de peso.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

A Obesidade não é uma questão meramente estética


A obesidade é um problema cada vez mais frequente na sociedade moderna, tendo sido já considerado pela Organização Mundial de Saúde uma epidemia. No entanto, a maioria da população ainda pensa no excesso de peso como uma questão meramente estética e se isso é o suficiente para alguns o combaterem, para outras pessoas é a desculpa perfeita para não terem de agir.




Os números têm vindo a aumentar gradualmente nos últimos anos e estima-se que, em Portugal, metade da população tenha excesso de peso e um milhão de portugueses foi diagnosticado com obesidade. Segunto a Sociedade Portuguesa de Ciências da Nutrição e Alimentação, o sexo masculino é o mais atingido pelo problema.

Estes números são assustadores e continuam a aumentar constantemente, em grande parte devido ao tipo de vida que levamos nas sociedades modernas, cada vez mais sedentário e, a uma alimentação rica em açúcar e gorduras saturadas.


Consequências do Excesso de Peso

Apesar destas serem ainda ignoradas por muita gente, a verdade é que o excesso de peso traz consequências gravíssimas para a sua saúde física e mental.

A acumulação de gordura no organismo favorece o surgimento de doenças como a Diabetes Mellitus tipo II e hipertensão arterial, aumenta o risco cardivascular e causa problemas respiratórios graves devido ao esforço adicional que o corpo tem de fazer para inspirar o oxigénio suficiente.

Do ponto de vista psicológico, o excesso de peso e obesidade vai ter impacto a nível da auto-estima e capacidade de adaptação social, aumentando a possibilidade do doente vir a sofrer de depressão e ansiedade.


Prevenir e Combater a Obesidade

O actual estilo de vida e alimentação é, como já vimos, um forte potenciador para o desenvolvimento deste problema, por isso, cabe-nos a nós ter uma postura de prevenção activa e combater energicamente o excesso de peso.

Conhecer os alimentos e os seus nutrientes e respeitar as proporções representadas na Roda dos Alimentos é fundamental. Muitas vezes, esquecemo-nos deste guia que é a Roda dos Alimentos. Observe-a bem, veja as proporções para cada grupo de alimentos e tente respeitá-las quando prepara o seu prato. Verá que faz uma grande diferença.

Coma pouco e muitas vezes. Com certeza, já ouviu dizer que devemos comer a cada 3 ou 4 horas, e é verdade. Evita ataques de fome descontrolados e ajuda a controlar o nosso metabolismo.

Outro factor muito importante para prevenir a obesidade é o exercício físico. Não precisa pagar um ginásio caro e enfiar-se lá horas a fio. Pode começar por fazer umas boas caminhas por dia, sair na paragem anterior quando vai de autocarro para o trabalho, dar passeios a pé na sua hora de almoço…


Não se esqueça que é importante um acompanhamento profissional e personalizado para que perca peso em segurança e de forma saudável, pelo que se já tem excesso de peso ou obesidade, o melhor a fazer é, para além de seguir os conselhos anteriores, consultar um médico ou nutricionista. Podem ser uma ajuda valiosa nesta árdua batalha.


terça-feira, 10 de abril de 2018

Sabonete Antibacteriano: herói ou vilão?


Ter um sabonete antibacteriano para uso diário é uma moda recente, largamente alimentada pelas ameaças de pandemias da última década. Muitas pessoas acreditam que é a forma mais eficaz de se protegerem de doenças como a gripe, tornando-o parte do seu dia a dia. 




Na União Europeia, venda deste tipo de produto é comum e sem grandes entraves por parte dos governos, no entanto, nos Estados Unidos, alguns destes antibacterianos foram proibidos para venda ao público, sendo apenas utilizados em contextos profissionais.


Triclosan como ingrediente principal 

Como diziamos no parágrafo anterior, foi proibida a venda da maioria destes produtos ao público comum nos Estados Unidos e isso deve-se ao facto dos mesmos conterem triclosan, como um dos principais ingredientes.

Vários estudos foram realizados tendo em vista testar a segurança do triclosan para a saúde pública e os resultados não foram animadores. Segundo a Associação Americana de Química, o uso continuado deste produto vai ter efeitos a nível do nosso sistema endócrino, desregulando-o, isto é, vai afectar a sua capacidade de produzir hormonas indispensáveis ao bom funcionamento do nosso organismo, conduzindo-nos a problemas, como por exemplo, da tiróide, infelizmente, já tão comum no nossa sociedade.


Então podemos usar um sabonete antibacteriano em segurança?

A resposta é: ocasionalmente. O uso ocasional de antibacterianos pode ser benéfico para si, especialmente em situações de risco, como dentro de um hospital ou no pico da gripe, mas não faça disso um hábito diário e continuado.

O sabonete antibacteriano é irritativo para a pele, perturbando a sua flora bacteriana e tornando-nos vulneráveis a infecções oportunistas. Para além disso, os mesmo estudos demonstraram que o uso continuado de sabonetes antibacterianos contribui para desenvolver resistência aos antibióticos, o que poderá tornar-se um problema de saúde pública.

De uma maneira geral, as grávidas e as crianças são as pessoas mais vulneráveis, porque são, normalmente, quem mais teme infecções e bactérias e recorre a este tipo de produtos. É importante mencionar que o triclosan (e consequentemente, os seus efeitos) transmite-se para o feto.


A posição de Portugal

Em Portugal, este é um assunto um pouco varrido para debaixo do tapete, no entanto, a DECO (Defesa do Consumidor) realizou também alguns estudos, garantindo que um sabonete normal é tão eficaz como um antibacteriano contra os germes, tornando desnecessária a sua utilização.

Recomenda ainda, um maior recurso ao sabonete líquido em detrimento do sólido por ser mais prático e higiénico, visto não estar em contacto directo com o ar, sujidades e vários utilizadores.