Melancolia, um sentimento muito explorado pelos escritores românticos como o êxtase do amor, pode na verdade, revelar um problema de saúde psicológico que poucos levam a sério.
Segundo a OMS, estima-se que 340 milhões de pessoas em todo o mundo sofram de depressão. A apatia e a falta de energia acompanham os quadros de depressão, já nada parece dar prazer e tudo é feito com muito sacrifício tornando-a uma doença bastante incapacitante.
Há pessoas que vivem assim toda a sua vida, muitas vezes, sem que ninguém à sua volta dê por isso.
Distimia - A Depressão Invisível
Ainda há muita desinformação sobre a depressão, deixando os doentes ainda mais vulneráveis. A maioria das pessoas ainda associa uma depressão a tristeza e lágrimas e o doente depressivo recebe com frequência comentários como “tu não pareces deprimido” de alguém que, propositadamente ou não, ignora o seu profundo sofrimento. A depressão crónica, bem mais comum do que se poderia pensar, é uma grande vítima desta desinformação.
Geralmente, com sintomas menos óbvios, a distimia parece ser uma forma de depressão mais “leve”, onde o doente, com esforço, consegue cumprir com a sua rotina, muitas vezes, ignorando ele mesmo o facto de estar doente.
São situações prolongadas que podem durar anos ou décadas e por isso, os sintomas acabam, na maioria das vezes, por ser vistos pelos outros como traços de personalidade do doente. Nada mais errado. O doente com distimia está em grande sofrimento e muitas vezes, ocorrem episódios de Depressão Major associados.
O “mau humor”, a falta de auto-estima e o pessimismo em relação a tudo são uma constante e o indivíduo com Distimia é incapaz de lutar contra elas, deixando-se arrastar através dos dias com todo esse peso nas costas.
Reconhecer que esses sintomas não são “normais” é o primeiro passo para uma mudança e a ajuda profissional é fundamental para ultrapassar o problema.