segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

O meu filho contraiu Mononucleose: devo preocupar-me?

A mononucleose é uma doença comum e apesar de não haver um tratamento por si só para o problema, a verdade é que a grande maioria dos pacientes não tem grandes consequências, recuperando por completo após algumas semanas. Passada a fase aguda (cerca de 2 semanas) o paciente começa aos poucos a retomar a sua vida normal, apesar do cansaço poder persistir durante muito mais tempo (semanas ou mesmo meses).

No entanto, e apesar de raras, poderá haver consequências, algumas delas graves e para as quais devemos estar atentos. O doente com um sistema imunitátio deficitário deve preocupar-se desde o início, visto que é uma das principais causas de complicações na mononucleose.


O Sistema Nervoso Central

Algumas complicações afectam directamente o cérebro e o sistema nervoso central e, apesar de raras, apresentam-se com gravidade. Encefalite (inflamação do tecido cerebral), convulsões, complicações nervosas, meningite (inflamação do revestimento cerebral) e alterações anómalas do comportamento são algumas complicações que poderão advir da doença.


O baço

O baço é o órgão mais susceptível perante um quadro de mononucleose, o uso de antibióticos (comum quando o quadro é confundido com outros) pode originar complicações graves, que pode ir desde simples lesões até à rotura do mesmo, o que levaria à necessidade de extracção cirúrgica.



Outras complicações

Pode verificar-se uma diminuição dos glóbulos vermelhos e plaquetas, que normalmente voltam à normalidade sem tratamento.

Os gânglios linfáticos aumentados poderão comprimir as vias respiratórias e provocar uma certa congestão pulmonar.


Quando voltar ao médico?

Como referido, complicações graves são muito raras, especialmente em pacientes mais jovens, pelo que, não deve haver grandes motivos para alarme. 

Após o diagnóstico de mononucleose, o repouso é essencial, os sintomas demoram pelo menos duas semanas a passar e por isso, não adianta correr para o médico, no entanto, deve fazê-lo se o doente apresentar dificuldades respiratórias ou respiração ruidosa e se sentir dores fortes no lado superior esquerdo do abdómen.

Se ao fim de duas semanas, os sintomas parecem persistir ou até mesmo piorar, deverá dirigir-se ao seu médico assistente ou a um serviço de urgência.

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