A mononucleose é uma doença infecciosa causada pela acção do vírus Epstein-Barr, um herpesvírus, que afecta todas as faixas etárias.
O vírus actua invadindo as células que revestem o nariz e a garganta, até atingir os glóbulos brancos, responsáveis pela produção de anticorpos do nosso organismo. O período de incubação pode ir de um mês a mês e meio.
Sintomas
Os principais e mais conhecidos sintomas da doença são febre, dores de garganta e aumento dos gânglios linfáticos, no entanto, nem todos os pacientes apresentam um quadro completo de sintomas.
Entre os sintomas mais frequentes, encontramos:
- Febre (pode atingir os 39.5º C à tarde ou início da noite);
- dores de garganta fortes, por vezes, forma-se uma substância semelhante ao pus na parte posterior da mesma;
- aumento do volume dos gânglios linfáticos, principalmente os do pescoço;
- sensação de fadiga e mal-estar (a sensação de fadiga pode manter-se várias semanas, ou até meses, após o desaparecimento dos restantes sintomas);
- aumento do volume do baço e do fígado;
Poderão ainda surgir alguns sintomas menos frequentes como icterícia, inchaço em redor dos olhos e raríssimas erupções cutâneas.
Estatísticas
Cerca de 50% das crianças já foi infectada com este vírus antes dos 5 anos de idade, embora nesta idade, a infecção não costume produzir sintomatologia.
Estima-se que até aos 30 anos, 90% dos adultos já tenham tido contacto com o vírus, desenvolvendo imunidade ao mesmo.
É possível prevenir?
A maioria dos adolescentes e adultos contrai o vírus através do beijo (daí ser esta conhecida como a doença do beijo) ou outro contacto íntimo com um paciente já infectado.
A melhor forma de prevenção é evitar beijar ou manter contacto muito íntimo com o doente. Deve ainda ter o cuidado de não partilhar alimentos, pratos, copos ou outros utensílios durante algum tempo (mesmo depois do fim dos sintomas), visto que a principal via de transmissão é a saliva.
Estes cuidados não devem ser menosprezados, visto que o vírus pode persistir durante meses, após o desaparecimento dos sintomas.
Até ao momento, não existe qualquer vacina que permita evitar a doença.
Tratamento
Não há um tratamento específico para a mononucleose. Recomenda-se ao paciente infectado que permaneça em repouso, sem efectuar quaisquer esforços e que ingira muitos líquidos.
Por norma, os médicos recomendam alguns medicamentos de alívio sintomático, para que o doente se sinta mais confortável, no entanto, é o seu corpo que vai actuar na cura.
O organismo desenvolve anticorpos para o vírus e em princípio, a pessoa que contraiu mononucleose, não poderá voltar a tê-la, no entanto, há conhecimento de um ou outro caso em que o paciente é infectado duas vezes.